CURSO OFERECE AULAS DE LIBRAS GRATUITAMENTE

           Uma grande expectativa foi criada em torno da posse do presidente Jair Bolsonaro em 1º de janeiro. No entanto, talvez a cena que tenha chamado mais atenção no Palácio do Planalto tenha sido o discurso feito em Libras pela primeira-dama Michele Bolsonaro. Através da Língua Brasileira de Sinais, ela garantiu que irá lutar pela valorização e o respeito aos direitos da comunidade surda do país.

            A iniciativa da primeira-dama, e o próprio aquecimento do mercado de trabalho, têm despertado o interesse de muitas pessoas pelo conhecimento da Libras. No Buritis, um grupo voluntário foi criado para ensinar a língua de sinais a moradores que demonstrassem interesse e, rapidamente, a turma foi preenchida. O sucesso imediato foi recebido com felicidade e surpresa pela coordenadora do grupo, Kátia Galuppo. “A sala seria para 20 alunos, devido ao interesse, aumentamos para 25. Não pode ser mais do que isso por se tratar de um trabalho difícil em que o professor precisa ficar de olho o tempo inteiro para ver se o aluno está fazendo o movimento corretamente”.

            Kátia é educadora e sua ligação com a Libras surgiu por acompanhar uma jovem com deficiência auditiva, que hoje a trata como uma filha. Por ver toda a dificuldade a qual a garota passava no dia a dia, viu a necessidade de mais pessoas saberem a língua de sinais. “Para mim, uma pessoa surda fica mais solitária que uma que não enxerga, por exemplo. Quem não vê consegue falar o que precisa, quem não se comunica fica a mercê e, muitas vezes envergonhada, e prefere se afastar do social”.

            De acordo com a coordenadora, ainda não sabe qual o objetivo das pessoas que se inscreveram no curso. Podem ser por terem parentes surdos e quererem saber se comunicar; para fortificar o currículo, já que quem conhece Libras pode alcançar mais espaço no mercado de trabalho; ou mesmo pelo simples fato de querer um novo aprendizado na sua vida. “Apesar das aulas terem iniciado este ano, a ideia do grupo surgiu antes deste boom todo com a primeira-dama. Uma prova de que as pessoas já estavam se atentando para esta situação”.

Sonho

            Em novembro do ano passado, a Comissão de Educação aprovou uma proposta que torna a oferta do ensino de conhecimentos básicos de Libras obrigatória nas escolas públicas brasileiras, sendo a matrícula facultativa para os alunos. O projeto ainda segue em análise da Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania e do Plenário da Câmara.

            O grande sonho de Kátia Galuppo é que este projeto seja aprovado e que as escolas ensinem pelo menos o básico da Libras, como acontece com o inglês. “Eu uma vez vi um americano no supermercado, que estava um pouco perdido. Logo apareceram algumas pessoas para ajudar e, mesmo não tendo um inglês fluente, conseguiram orientá-lo. Com um surdo isso não acontece, porque as pessoas não têm qualquer conhecimento da língua de sinais”, diz.

            Ainda segundo a educadora, outro grande desejo é que as empresas se preocupem em capacitar seus profissionais com a Libras e, assim, consigam atender bem seus clientes com deficiência auditiva. “Se um funcionário saber a linguagem já é o suficiente. Quando chegar um cliente surdo ele é chamado e tira todas as suas dúvidas”.

Apoio de voluntários e da ASPRAMI

            A realização deste curso de Libras no Buritis somente foi possível graças a importantes parceiros, todos moradores do bairro. As aulas serão ministradas gratuitamente pelos professores Leandro Gontijo e Camila Pires. A cirurgiã dentista Cristina Araújo, que é ouvinte mas tem conhecimento da língua de sinais, e a estudante de psicologia Júlia Araújo, irão auxiliar nas aulas.

            O curso irá acontecer aos sábados em uma das salas oferecidas pelo UniBH através da interseção da ASPRAMI – Projeto Melhor Idade, que já há alguns anos oferece vários atendimentos à comunidade do bairro e agora também está engajado pela causa dos deficientes auditivos. 

            Para saber mais detalhes do curso de Libras, que tem duração de 30 horas, sendo três horas/aula, entrar em contato com Miriam Reis, presidente da ASPRAMI, através do telefone 99878-3245.

            A Libras foi reconhecida como a segunda língua oficial do Brasil pela lei Nº 10.436, de 24 de abril de 2002. Ela reconhece como meio legal de comunicação e expressão a Língua Brasileira de Sinais e outros recursos de expressão a ela associados.

DESFILE DO VILLA BURITIS ABRE AS ESTAÇÕES DAS CORES NO BAIRRO

As estações mais quentes e coloridas do ano estão chegando. No próximo dia 22 de setembro tem início a primavera, a famosa estação das flores. E, para te ajudar a não fazer feio na hora de escolher o look, o Shopping Villa Buritis realizou um super-desfile, no último dia 25 de agosto, quando mostrou as principais tendências da moda para o Primavera/Verão 2019.

            Assim como a estação pede, as cores fortes deverão ditar o ritmo da moda. Vermelho, laranja, amarelo são alguns dos tons que estarão em alta. Sejam separados ou em um mix de estampas. Para as mulheres, vestidos e macacões, bem como as sainhas, serão peças que não poderão faltar no guarda-roupas. Quem garante o sucesso nestas escolhas é a consultora de imagem e figurinista, Érica Araújo.

            Apresentadora do Programa IT, único de Minas Gerais que fala sobre moda, Érica Araújo acompanhou atentamente o desfile. Ficou simplesmente encantada com tudo o que viu. De acordo com ela, as moradoras do bairro têm um grande privilégio por contarem com um espaço tão pertinho de casa que oferece o que há de mais atual na moda, como o Shopping Villa Buritis. “Eu andei pelo shopping e achei tudo maravilhoso. Cada loja oferece uma opção mais interessante do que a outra, com os mais variados preços. E o desfile? Todos os looks foram montados de forma brilhante. Os envolvidos estão de parabéns!”

            Administradora do Villa Buritis, Miriam de Oliveira Torres destaca a importância do desfile, realizado em plena calçada em frente ao shopping, para divulgar as peças das lojas. “São todas coleções novas, que os clientes precisam conhecer. Assim como aconteceu com o desfile Outono/Inverno, o resultado também foi bastante positivo”.

            Uma grande novidade no desfile foi a presença de integrantes da ASPRAMI – Projeto Melhor Idade. Com muita elegância, nossas “jovens senhoras” mostraram que a próxima estação será de grande beleza para todas as idades. “Elas deram um verdadeiro show, não só de beleza, mas de muita alegria. Foi um prazer ter a associação conosco neste evento”, finaliza Miriam.

            O Programa IT é exibido todos os sábados, a partir das 19h30, na TV Alterosa.

CURSO DE LIBRAS DO BURITIS CHEGA À MARCA DE 145 ALUNOS

Quando o trabalho é feito com dedicação e capacidade a chance de ele alcançar o sucesso é muito grande. O curso de LIBRAS gratuito no Buritis é um bom exemplo. Criado por um grupo de voluntários, moradores do bairro, ninguém sabia o que iria encontrar pela frente, como seria a participação das pessoas. Agora, passados cerca de dois meses, a incerteza do início com uma turma de 25 alunos foi completamente transformada. Em menos de sessenta dias, o curso passou a oferecer cinco turmas e um total de 145 inscritos.

            A primeira turma, que serviu de parâmetro para os coordenadores, irá se formar neste mês de abril. Nela encontramos alunos que entraram no curso com os mais diversos interesses. A fonoaudióloga Suely Cátia, por exemplo, tem muitos pacientes surdos e, por não entender a língua dos sinais, tinha muita dificuldade em desenvolver o seu trabalho junto a eles. Com poucas aulas já sentiu uma grande diferença em lidar com a situação.

            “Eu não precisar de alguém ao lado para me comunicar com meu paciente faz uma diferença enorme no resultado. Eu me sentia limitada e, claro, essa limitação interferia no meu trabalho”. De acordo com Suely, depois que entrou no curso até arrumou um novo amigo por entender a língua dos sinais. “Tem um menino surdo que vende balas no sinal aqui da Raja Gabaglia. Um dia eu me comuniquei com ele. A felicidade dele é tamanha que, agora, ao me ver no sinal vem correndo até mim só para conversar um pouco”.

            A engenheira e cantora Natália Figueiredo fez a sua inscrição assim que ficou sabendo do curso de LIBRAS. Ela conta que sempre teve vontade de aprender a língua dos sinais e agora viu uma grande oportunidade. “É para um crescimento pessoal mesmo. Não conheço ninguém surdo, ou melhor, agora conheço, o meu professor, que é fantástico por sinal. Era justamente isso que eu buscava. Ter a oportunidade de conhecer pessoas sem estar limitada”.  

            Já a psicóloga Bruna Guaceroni encontrou no curso muito mais do que procurava. Inicialmente com o objetivo de contribuir para o crescimento de seu currículo profissional. Hoje, ela enxerga a LIBRAS como uma necessidade social e humana de todas as pessoas. Bruna tem dois primos surdos. Um deles faz leitura labial e o outro não. Com o segundo não conseguia se comunicar e nunca se preocupou. Talvez no seu inconsciente pensasse que a obrigação de se fazer comunicar era dele. Hoje, conversa com o primo e tira de tudo isto uma grande lição. “Ver a felicidade dele ao conseguir se comunicar comigo chega a me incomodar. Percebo como eu era distante ao problema. Agora me sinto uma pessoa muito melhor e espero que todos possam dedicar um pouco do seu tempo a aprender a LIBRAS”.

Solidariedade

            A abertura de mais quatro novas turmas também foi importante por uma outra razão. O curso é gratuito, contudo, a coordenação faz um pedido especial para os alunos: que doem um pacote de fralda geriátrica a ser repassado para pessoas carentes da cidade, uma iniciativa da ASPRAMI – Projeto Melhor Idade, responsável em conseguir o espaço para as aulas no Uni-BH.

            Presidente da ASPRAMI, Miriam Reis não esconde a felicidade em ver o sucesso do curso de LIBRAS. “Eu estou emocionada com tudo o que está acontecendo. Para se ter uma ideia, o Restaurante Piu Braziliano está doando o almoço para os professores que vêm de outros bairros para darem as aulas aqui, mais uma prova da seriedade do nosso trabalho. Resumindo, todos estão ganhando. Alunos, quem recebe as doações e nós. É muito gratificante”.

            Além dos 145 alunos inscritos, o curso de LIBRAS já conta com mais de cem pessoas em uma lista de espera para futuras turmas. Quem tiver interesse em auxiliar o trabalho social da ASPRAMI pode entrar em contato com Miriam através do telefone 99878-3245. 

UM BAIRRO IDEAL PARA TODAS AS IDADES

Devido à sua característica de bairro universitário e que também recebe muitos novos casais, o Buritis ganhou ao longo dos últimos anos a fama de ser um lugar predominantemente para o público jovem. De fato, nosso bairro tem de forma bem marcante essa característica. No entanto, as pessoas que estão se aproximando ou já passaram da idade dos “enta” não têm do que reclamar de morar aqui. A cada dia que passa, o Buritis se mostra um bairro cada vez mais completo, que oferece tudo o que quem já está estabilizado na vida procura.

            Professora dos cursos de engenharia do UniBH, Christianne Rodrigues se mudou para o Buritis no ano de 2001. A decisão de vir para o bairro foi justamente para estar próximo à universidade, onde iria começar a lecionar. À época com 35 anos e um filho de 5 já era uma mulher madura. O bairro não tinha toda a estrutura de hoje, mas lhe encantou assim que colocou os pés aqui. “Ele era bem aberto. Muito verde. Me dava uma sensação de leveza. Sempre adorei fazer caminhadas pelo Buritis e frequentar seus parques e praças, em especial o Parque Aggeo Pio Sobrinho, onde levei meu filho para brincar muito e conheci muita gente”.

            Hoje, 18 anos depois, a agora mais madura Christiane de 53 anos de idade enxerga e usufrui do Buritis de outra forma. Hoje, a facilidade em viver em um lugar que tem praticamente de tudo é algo que lhe proporciona, segundo ela, uma excelente qualidade de vida. “Como eu trabalho no bairro não preciso de sair daqui para nada. Vou ao shopping, ao banco e, claro, aos bares e restaurantes. Eu podia até sair do Buritis para conhecer outros lugares, mas prefiro convidar meus amigos a virem pra cá, pois tenho a certeza de que todos irão adorar”, comenta a moradora da Avenida Deputado Cristovam Chiaradia.

            Quem também se mudou para o Buritis e não poderia ter feito escolha melhor em sua vida foi o representante de vendas Felipe Teixeira. Quem conhece Felipe sabe das fortes raízes que ele e sua família têm com a região do Barreiro. Veio a conhecer o Buritis mesmo quando iniciou a fazer a faculdade de Ciências Contábeis no ano de 2000. Em 2005, Felipe optou por mudar de curso e foi para a área do Turismo, onde se formou em 2009. Nesses nove anos de estudos acompanhou de perto o crescimento do Buritis e ainda conheceu a namorada, hoje esposa, a empresária Flávia Moraes, que já era uma moradora do bairro. Assim que trocou as alianças, há seis anos, não teve dúvida: era aqui que iria morar.

            Felipe primeiro morou na Rua José Silveira, depois passou pela José Hemetério Andrade até chegar à Esmeraldo Botelho, onde reside atualmente aos 39 anos de idade. Há cinco anos, ainda teve a grata novidade em sua vida de ser convidado a trabalhar como representante comercial da JYAS, empresa especializa em importação e exportação de materiais cirúrgicos e hospitalares, que está instalada no Buritis. A partir de então, somente sai do bairro para fazer negócios. “Minha vida é aqui. Moro, trabalho, escola da minha filha, minha sogra, vou ao banco, à academia, aos restaurantes. Até clube. Pouca gente sabe, mas existe um clube dentro da Copasa do bairro, que é aberto para sócios que não são funcionários da companhia. Eu e meus amigos somos alguns deles. Faço parte de uma Confraria. Essa característica que muitos dizem de ser um bairro dormitório eu, particularmente, não concordo. Aqui eu fico bem acordado”, brinca.

            Outro fator de destaque citado por Felipe, e que é muito importante para uma pessoa mais madura, é a segurança. De acordo com o representante comercial, depois que a Base Comunitária foi instalada, os moradores estão vendo a polícia, o que passa uma sensação de segurança muito maior e que reduziu a criminalidade. “Antes era muito comum ouvir falar que carros haviam sido arrombados nas ruas do bairro. Hoje são raros os casos. Os moradores também não sabiam onde era a sua companhia de polícia. Ficava longe. Agora, todos já sabem onde ela está. Eu, e muitos outros moradores dessa faixa etária, pais de família, sabem o quanto isso faz diferença na vida”.

            Ainda de acordo com o morador da Esmeraldo Botelho, o próximo passo a dar será trazer o pai, o ex-vereador Totó Teixeira, para morar perto dele. “Aos poucos estou convencendo o velho. Ele já vem me visitar, sai para os bares com a gente. Tenho certeza que logo logo estará aqui. Até porque vai querer estar perto da família nesse restante da vida e eu não me vejo mais morando em outro lugar. Vou envelhecer no Buritis”.

Bairro de avós

            Quando se fala da família Buritis, logo vem à mente um casal de jovens com um filho pequeno. Contudo, uma figura muito importante da família também usufrui bem do nosso bairro: os avós. A educadora Sueli Baliza Dias é um grande exemplo. Ela mudou para a Avenida Senador José Augusto, no Buritis, há dois anos e meio. Apesar de já ter uma história com o bairro – foi professora e reitora do UniBH entre os anos de 2000 e 2012– vinha aqui apenas a trabalho. Em 2017 decidiu se mudar para o bairro com o objetivo de ficar perto da filha, e principalmente dos netos, à época com 4 e 2 anos. Tirando a enorme alegria de estar próximo às crianças, a escolha em vir para o bairro também foi excelente para o seu dia a dia.

A praticidade oferecida pelo bairro, que dispõe de todos os serviços, desde comércio à mão de obra, além da variedade da gastronomia e os bons espaços públicos, são fatores que fazem com que Sueli não precise, e nem queira, sair do bairro, a não ser para trabalhar. Atualmente, é Secretária de educação da cidade de Contagem, cargo que ela também ocupou na Prefeitura de Belo Horizonte durante o segundo mandato do ex-prefeito Marcio Lacerda (2013/2016). “Assim como eu, tenho amigos mais velhos, também avós, que moram aqui e adoram. Tem muita coisa boa à disposição. Sinceramente, não vejo como sendo um bairro só para jovens. O Buritis é para todos. Me mudei pra cá e espero não sair nunca mais”.

Bom pra melhor idade

            Bem, pela reportagem ficou claro que o Buritis é um bairro ideal para quem não é mais nenhum jovem, mas que ainda tem muita “lenha para queimar”. Mas, e a pessoa da terceira idade, que já ultrapassou os sessenta, será que o bairro lhe atende bem? Quem responde essa pergunta é a psicóloga aposentada Denize Pessali.

            No próximo mês de dezembro Denize irá soprar as velinhas. Vai comemorar 65 anos de vida tendo que enfrentar muitos obstáculos. Teve uma infância muito difícil com uma grave doença que acometeu seu pai. Adulta, se casou, mas a união acabou se desfazendo. Isto há 22 anos, quando então se mudou para o Buritis. Mal sabia ela que ali estava tomando a decisão que iria mais pra frente mudar sua vida. Há apenas três anos conheceu as atividades da Academia da Cidade, no UniBH, e de lá pra cá, haja disposição!

            A Academia da Cidade se transformou em Academia da Saúde. Nela, Denize pratica atividades físicas três vezes por semana. Por meio da academia, acabou conhecendo o projeto ASPRAMI – Projeto Melhor Idade -, que oferece várias atividades para a turma mais experiente do Buritis e região. “Na associação eu faço meditação, yoga, crochê, oficina de memória. Ainda tem a terapia Lian Gong, no parque do vizinho Estrela D””””””””””””””””alva. E o que mais aparecer vou fazer. Tenho uma vida atribuladíssima”, se diverte, ressaltando que o próximo passo é voltar para a Zumba.

            Além de cuidar do corpo e da mente, fazer todas essas atividades proporcionou à moradora da Rua Engenheiro Godofredo dos Santos a oportunidade de conhecer muitas pessoas. Com o novo ciclo de amizades a vida social também mudou bastante. “As meninas da ASPRAMI marcam encontros o tempo todo, seja na casa de alguém ou em bares e restaurantes do bairro. É sempre uma grande festa com pessoas que você sabe que querem apenas o seu bem.            Antes, meus filhos me diziam para mudar do Buritis. Que aqui era um bairro muito caro. Hoje, eles nem tocam mais no assunto. Não tenho dúvidas em dizer que estou no melhor momento da minha vida”, finaliza.

BURITIS MAIS UMA VEZ DÁ SHOW DE SOLIDARIEDADE

O Buritis mais uma vez deu um show de solidariedade. Assim que foi noticiado os desastres causados pelas chuvas na região metropolitana de Belo Horizonte e na Vila Betânia, na região Oeste da capital, uma verdadeira forçatarefa foi criada no bairro, a fim de angariar donativos para serem doados às famílias atingidas. Estabelecimentos do bairro abriram suas portas para receber roupas, alimentos e materiais de higiene.

          Além disso, os participantes da ASPRAMI (Associação ao Projeto Melhor Idade) também se uniram e fizeram a doação de cestas básicas.

ASPRAMI MANTÉM SUAS ATIVIDADES MESMO COM ISOLAMENTO SOCIAL

Uma das entidades mais respeitadas do Buritis é a ASPRAMI. A Associação ao Projeto Melhor Idade desenvolve junto a centenas de moradores do bairro e região, especialmente idosos, uma série de atividades físicas e sociais que, sem dúvida, têm contribuído para uma vida muito mais plena. Mas, infelizmente, a ASPRAMI, assim como a grande maioria dos setores da nossa sociedade, está sofrendo muito com a pandemia do Coronavírus. Além da necessidade do isolamento social, as atividades ficaram sem local para ser realizadas, uma vez que o Centro Universitário UniBH, que disponibiliza os espaços para as práticas, também se encontra com as portas fechadas. Porém, como é diante da crise que é preciso se reinventar, uma forma foi encontrada para que os alunos mantivessem suas atividades e o contato em dia.

            Desde que foi instalada a quarentena, as redes sociais se tornaram ainda mais fortes do que já eram. Por meio delas, as pessoas estão conseguindo se manter próximas, apesar da distância física. E foi justamente através das redes que a ASPRAMI encontrou uma forma de manter seus alunos em atividade. Os professores acertaram alguns horários com os alunos e estão ministrando as suas práticas por meio de lives ou aulas online. A ação não poderia ter dado tão certo!

            Presidente da ASPRAMI, Miriam Reis não esconde a alegria ao receber as filmagens das aulas que os alunos estão fazendo e encaminhando para ela. “Eles estão mostrando que estão conscientes da necessidade de ficar em casa, ainda mais que a maioria já passou dos 60, e realizando as atividades em alto astral”.

            Para Miriam, esta nova realidade só fortaleceu ainda mais o espírito da ASPRAMI, que é o de “compartilhar emoções”. “Uma coisa interessantíssima está sendo o telezap, onde a professora de canto da associação está contando para os alunos a história de Chiquinha Gonzaga como se fosse uma novela. A cada dia tem um novo episódio no ar, emocionante”, diz ela, ressaltando também as outras atividades, como a Zumba, a dança, o Tai Chi, entre outras. 

Ajuda

            Contudo, uma situação não foi possível ser solucionada durante esse período de isolamento. A ASPRAMI conta com uma pequena contribuição financeira mensal dos alunos, cujos valores são revertidos na compra de fraldas geriátricas que são doadas para pessoas pobres e enfermas. Com a suspensão das aulas presenciais, essas contribuições pararam de chegar.

            Miriam diz que está se desdobrando para manter o auxílio às 30 famílias carentes. Porém, está cada vez mais complicado. “São 300 pacotes por mês. Essas famílias não têm a quem recorrer, ainda mais em um período como esse que estamos vivendo. Felizmente, muita gente ainda está ajudando. A Igreja Santa Clara tem feito doações, mas não é suficiente. Espero que os moradores do Buritis abracem essa causa”, conclama.

            Quem puder contribuir com a doção de fraldas geriátricas para o trabalho assistencial da ASPRAMI, basta entrar em contato com Miriam através do telefone 9 9878-3245.

ASPRAMI ENCERRA ANO 2019 COM APRESENTAÇÃO DE TALENTOS

O ano de 2019 foi muito especial para a ASPRAMI (Associação ao Projeto Melhor Idade), uma das entidades mais atuantes do bairro. Por meio de uma parceria com o UniBH, a associação conseguiu ampliar as suas atividades e, consequentemente, o número de pessoas atendidas. Hoje são 20 modalidades ofertadas para mais de 250 alunos inscritos.

            Para celebrar este crescimento, a diretoria da associação realizou no último mês de dezembro um evento cujo objetivo foi apresentar um pouco do que os alunos aprenderam durante todo o ano. No “Talentos da ASPRAMI” houve apresentação musical, de Tai Chi, Zumba, Libras e uma feira onde foram expostos bordados e outras artes.

            Presidente da ASPRAMI, Mirian Reis era só alegria durante o evento. Acompanhar tudo o que estava acontecendo ali era a realização de um grande sonho. “Ver a felicidade no rosto dessas pessoas. Muitas senhoras que encontraram na ASPRAMI um lugar para viver melhor é algo que não tem preço. Estou emocionada”.

            A aposentada Priscila Teixeira está na ASPRAMI desde o seu início, há três anos. Atualmente, participa das aulas de Zumba Gold e desenho. Ela destaca o quão importante foi essa associação para a sua vida. “Foi um achado pra mim. Aqui cuido do físico e da mente. Formei grandes amizades. Não tenho marido e meus filhos já têm a vida deles. Antes da ASPRAMI estava sozinha. Agora estou sozinha apenas em casa. De forma nenhuma me sinto só. É tudo de bom”, exalta.

            Guaraciara Santos, Solange Diniz e Iara Santos são alunas do curso de artesanato. Lá aprenderam a bordar, fazer tricô e o principal, se conheceram e se tornaram grandes amigas. Algumas de suas peças foram expostas durante o evento. “A gente se diverte demais aqui. É uma alegria que não tem como explicar. Mas, não pense que é uma brincadeirinha, que fazemos de qualquer jeito. Criamos cada peça com muito esmero”.

            Todas as peças criadas nos cursos de artesanato serão doadas a famílias carentes. Até por isso, a responsabilidade das alunas em realizar um bom trabalho. “Não é porque é doação que vamos entregar qualquer coisa. Essas pessoas já têm tão pouco que merecem o nosso melhor. Temos certeza que todos vão adorar. Ficaram lindas”. 

UNIBH INTEGRA TODAS AS UNIDADES AO CAMPUS BURITIS

O ano de 2020 começou com uma grande novidade para o campus Buritis do UniBH. O Centro Universitário adotou o bairro como seu campus único. A partir de agora, todos os cursos passam a ocupar o mesmo local, integrado ao bairro, e com toda a infraestrutura necessária para um ensino de qualidade. Uma estratégia que visa oferecer maior vivência e experiência aos alunos, além de ampliar os laços com a comunidade.

              Com a decisão, os campus Cristiano Machado e Lourdes deixam de ser vinculados ao UniBH. Entretanto, os alunos que optarem em permanecer no Campus da Cristiano Machado não terão a obrigatoriedade de se transferir para o Buritis, podendo concretizar seus estudos na unidade. Já o campus de Lourdes, que oferecia somente o curso de Direito, foi desativado.

              “Os alunos de Lourdes não irão sentir a mudança, uma vez que o Buritis fica próximo ao bairro. Já os alunos do Cristiano Machado terão as duas opções. Mas a verdade é que a grande maioria queria essa mudança. Eles não viam o local onde estudavam como um campus, especialmente o de Lourdes, onde só havia o curso de Direito. Essa interação multidisciplinar faz toda a diferença. Eles querem viver essa experiência”, comenta a diretora de marketing, Marina Guedes.

              De acordo com Marina, já há alguns anos o UniBH vem investindo em melhorias para ampliar o campus Buritis e poder receber todos os alunos com conforto e segurança. “Construímos e ampliamos laboratórios, investimos em parcerias com empresas de ponta, como o Google, e buscamos mais inovação a cada dia. Tudo isso para que o aluno tenha o melhor aprendizado”.

               A diretora reforça ainda que a unificação está ligada ao novo posicionamento que vem sendo desenhado há dois anos e que o investimento tem trazido retornos importantes para a instituição. Um deles veio do Ministério da Educação (MEC), que elegeu o UniBH como o melhor centro universitário privado da capital, em 2019, no Índice Geral de Cursos (IGC), o mais importante indicador de qualidade para a educação superior no Brasil.

               Outro reconhecimento importante veio do Conceito Preliminar de Curso (CPC), indicador de qualidade que avalia os cursos de graduação no ano seguinte ao da realização do Enade. Os cursos de Relações Internacionais e Design foram considerados os melhores do Brasil; Direito e Jornalismo os melhores de Minas Gerais, Publicidade e Propaganda o melhor de Minas e segundo do Brasil; Ciências Contábeis o segundo melhor do Estado e Psicologia melhor de Belo Horizonte e segundo melhor de Minas. “Estamos vivendo um momento muito particular, colhendo frutos de um trabalho de posicionamento de marca e isso gera resultados como a primeira colocação no ranking de melhor Centro Universitário de BH. Isso nos fortalece no mercado, perante nosso público e nos dá um norte para continuar agindo”, explica Marina.

Bom para o Buritis

                A unificação das unidades no campus Buritis também trará benefícios aos moradores do bairro. O melhor exemplo é a criação do Núcleo de Práticas Jurídicas, onde os alunos do curso de Direito terão uma grande vivência na área e, sob a orientação dos professores, prestarão serviços à comunidade. “Assim como oferecemos atendimento odontológico, veterinário, entre outros, agora os moradores do Buritis também terão assistência jurídica. Aqui nós sempre tivemos duas frentes bem claras, atender ao aluno e à comunidade”, revela Marina.

                                                                           Sob nova direção

                 A maior instituição de ensino do Buritis está sob nova direção. Desde o início do último mês de fevereiro, o Centro Universitário UniBH passou a ser coordenado pelo arquiteto e professor Eduardo França.  O novo diretor está no grupo Ânima, do qual fazem parte as universidades UniBH e UNA, há 10 anos. Iniciou como professor no curso de Arquitetura, passou a coordenador, depois diretor das unidades Uni da Cristiano Machado e Lourdes. Antes de chegar ao campus Buritis, Eduardo ainda foi o diretor da Uma Regional Centro Oeste.

                 Todo este extenso currículo dentro do grupo o credenciou a assumir o cargo de grande responsabilidade. No Buritis, vai coordenar em torno de 10 mil alunos e 500 professores. “Eu chego muito motivado para o desafio. Apesar do pouco tempo aqui, já estou completamente ambientado e ciente da enorme responsabilidade que tenho nas mãos”, diz ele, garantindo que uma questão em especial vai receber sua atenção: a relação da universidade com a comunidade do Buritis.

                 O projeto Campus Aberto não só está mantido como deverá ser fortificado. “Queremos o entorno aqui dentro. O UniBH está de portas abertas para acolher o morador do Buritis e região. Uma prova é que a sede da associação do bairro é aqui dentro e ainda estamos reservando um espaço muito especial para a realização da Feirinha Buritis, que vai oferecer mais conforto e comodidade ao cliente e ao feirante”, diz o diretor.

                 Além disso, o UniBH seguirá abrindo espaço para ações voltadas para a comunidade, como o projeto ASPRAMI – Projeto Melhor Idade e atividades esportivas/sociais oferecidas pela Prefeitura de Belo Horizonte. “E quero deixar bem claro que estou sempre aberto a debater quaisquer questões com os moradores para melhorar o nosso convívio”, promete.

SUPERA BURITIS LANÇA CAMPANHA SOCIAL

            O espírito de solidariedade do Buritis permanece em alta durante esse período delicado da pandemia. Acompanhando uma campanha nacional da rede, a SUPERA Buritis iniciou no mês de julho o “Dia S”, quando os profissionais da escola doam o seu dia de trabalho para arrecadarem junto à comunidade roupas, alimentos, produtos de higiene pessoal e limpeza, que posteriormente serão repassados a quem tanto necessita nesse momento.

            Gestora-pedagógica da SUPERA Buritis, Lorrany Amaral destaca que o objetivo da escola é fazer com que seus alunos superem desafios, não só cognitivos, mas também socioemocionais. Desde que souberam da iniciativa da rede, começaram a trabalhar junto aos estudantes temas como empatia e bom-humor, para que, quando chegasse o momento, estivessem bem inteirados com a proposta. “Fomos preparando o terreno. A maioria se mobilizou e a resposta foi muito positiva. Teve aluno que fez campanha de arrecadação até no prédio onde mora. Isso é muito legal”.

            A primeira edição do “Dia S” aconteceu nos dias 24 e 25 de julho. O bom resultado fez com que a diretoria da escola do Buritis garantisse a realização contínua da campanha. “No dia da campanha duas pessoas chegaram a nos ligar interessadas em se matricular na escola. Normalmente sou eu quem ligo para elas. Não tenho dúvidas de que energia positiva gera energia positiva. Vamos continuar ajudando enquanto pudermos”, diz o diretor Nicodemos Cardoso.

            A campanha da rede Supera é realizada em parceria com instituições de caridade e ONGs locais. No Buritis, o trabalho foi alinhado com a ASPRAMI – Projeto da Melhor Idade – e também a Paróquia Santa Clara de Assis. “Essas instituições são do bairro e conhecem muito bem a realidade das famílias carentes da região e, com certeza, darão o melhor destino às doações”, explica Nicodemos.

            As ações do “Dia S” acontecem toda terceira sexta e sábado do mês. A realizada em julho contou com o apoio da Drogamax, que abriu suas portas para servir como mais um ponto de recolhimento.  Mais informações a respeito da campanha podem ser obtidas no Intagram @superabhburitis e facebook/Supera Buritis. Telefone de contato: 9 8465-1584.

            Todos aqueles que ajudarem com doações participarão de uma experiência SUPERA, tendo a oportunidade de conhecer de perto a metodologia de ginástica para o cérebro na prática.